Relato de mãe solteira maluca dissecado e desnudado implacavelmente

Por Prof. Plum

Logo após o massacre em uma escola de Connecticut, uma mãe solteira tenta pôr a culpa de sua capacidade horrível de criar filhos na “saúde mental” de seu filho:

Sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

À luz de mais uma tragédia nacional, é fácil falar sobre armas. Mas está na hora de falar sobre problemas mentais.

Três dias antes do jovem de 20 anos Adam Lanza matar sua mãe e abrir fogo em uma sala de aula cheia de crianças em Connecticut, Maicon (nome fictício), meu filho de 13 anos, perdeu o ônibus da escola porque estava usando uma calça com a cor errada.

“Eu posso usar essas calças”, disse ele, com seu tom de voz cada vez mais beligerante e suas pupilas negras engolindo o azul de suas íris.

“Ela é azul marinho”, eu disse. “As normas da escola só aceitam calça preta ou cáqui.”

“Eles me disseram que eu podia usar estas”, insistiu. “Você é uma vadia estúpida. Eu posso usar a calça que eu quero. Aqui é a América. Eu tenho direitos!”

“Você não pode usar as calças que quiser”, eu disse, com meu tom afável e racional. “E você definitivamente não pode me chamar de vadia estúpida. Você vai ficar sem seus eletrônicos pelo resto do dia. Agora entre no carro, que eu vou te levar pra escola.”

Eu moro com um filho doente mental. Eu amo meu filho. Mas ele me apavora.

Por que um juiz daria custódia a uma mãe de merda irresponsável e emocionalmente instável?

Algumas semanas atrás, ele pegou uma faca e ameaçou me matar e se matar depois de eu pedir pra ele devolver à biblioteca uns livros atrasados. Seus irmãos de 7 e 9 anos já sabiam do plano de emergência – correram pro carro e trancar as portas antes mesmo de eu pedir. Eu tentei a todo custo tirar a faca das mãos de Maicon, e então eu passei a esconder todos os objetos cortantes em um frasco da Tupperware, que hoje eu levo para todo lugar. Apesar de tudo, ele continuou gritando insultos a mim e me ameaçando de morte ou agressão.

Se seu filho está te ameaçando com facas, isto é prova que sua habilidade de criar filhos é horrível. Você deveria estar na cadeia por colocar a comunidade em perigo com sua própria idiotice.

Aquilo acabou com três policiais e um paramédico arrastando ele para a maca e então ele foi levado de ambulância (que custou caro) para um centro médico local. O hospital de doentes mentais não tinham nenhum leito no dia e Maicon se comportou muito bem na sala de emergência, então eles nos mandaram de volta com uma receita para tomar Zyprexa e consultar um psiquiatra infantil.

Em vez de disciplinar seu filho de forma correta, sua ideia de cuidado sensato com crianças, assim como a de muitos hippies, se resume em drogá-las. 

Ainda não sabemos o que há de errado com Maicon. Spectros de autismo, ADHD, Desordem desafiante opositiva ou explosiva intermitente foram os diagnósticos feitos em várias consultas com especialistas do juizado, assistentes sociais, conselheiros, professores e diretores de escola. Ele está tomando um caminhão de remédios psicotrópicos e alteradores de humor, uma novela de planos comportamentais. Nada parece funcionar.

Talvez porque o problema é você. 

Culpar os outros por problemas criados por VOCÊ só vai lhe deixar longe da vida real. A menos que você seja uma mãe solteira. Aí você tem subsídios do governo para produzir mais dementes.

No começo da sétima série, Maicon foi aceito em um programa de aceleração para alunos prodígios em matemática e ciências. O QI dele sai dos gráficos. Quando ele está de bom humor, ele te prende de forma fabulosa em assuntos de mitologia grega às diferenças entre a física newtoniana e einsteiniana e ao Doctor Who. Ele fica de bom humor a maior parte do tempo. Mas quando não está, se segura. E é impossível prever o que vai acontecer com ele.

Mmmmm. Eu imagino o que poderá acontecer com ele...

Depois de várias semanas dentro desta escola, Maicon começou a exibir comportamentos cada vez mais esquisitos e ameaçadores. Então decidimos transferi-lo para o programa comportamental mais rígido, um ambiente escolar confinado onde alunos que não podem frequentar salas normais podem ter acesso a cuidados públicos de 7:30 – 1:50, segunda a sexta, até que eles façam 18 anos.

Talvez Maicon esteja refletindo o comportamento “cada vez mais esquisito e ameaçador” de alguma biscate sem noção que lhe roubou uma figura paterna e agora o força a encarar um ambiente ANORMAL de divórcio, onde sua estabilidade emocional é minada por você ser egoísta demais pra considerar o quanto ele precisa de um modelo masculino em sua vida...

... ou talvez seja o tempo lá fora. 

Na manhã do incidente das calças, Maicon continuou a discutir comigo no caminho da escola. Ele uma hora chegou a pedir desculpas e parecer arrependido. Logo antes de eu entrar no estacionamento da escola, ele disse, “Olha, mamãe, me desculpa por tudo. Posso ter o vídeo game de volta hoje?”

“De jeito nenhum”, eu disse. “Você não pode fazer o que fez hoje de manhã e pensar que pode ter suas mordomias de volta tão rápido assim.”

Seu rosto se tornou frio e seus olhos ficaram cheios de ira calculada. “Então eu vou me matar”, ele disse. “Vou me jogar desse carro agora mesmo e me matar.”

Foi assim. Depois do incidente da faca, eu disse a ele que se dissesse tudo aquilo de novo, eu iria mandar ele direto pro hospital de doentes mentais, sem “mas” nem “se”s. Eu não reagi, exceto quando virei o carro para a faixa oposta, virando à esquerda em vez da direita.

“Aonde você vai me levar?”, ele disse, preocupado de repente. “Aonde você vai?”

“Você sabe pra onde estamos indo”, respondi.

“Não! Você não pode fazer isso comigo! Você tá me levando pro inferno! Você tá me levando direto pro inferno!!!”

Eu cheguei na entrada do hospital e, do carro, solicitei desesperadamente a ajuda de um dos médicos que por acidente estava lá fora: “Chame a polícia”, disse. “Depressa!”

Sim, mulheres são TÃO ESCANDALOSAMENTE INCOMPETENTES para criar filhos sozinhas que elas acham que é dever do Estado lidar com as merdas que elas fazem.

Maicon já estava totalmente louco na hora, batendo e gritando. Eu abracei ele bem forte para que ele não fugisse do carro.  Ele me acertou várias vezes e golpeou repetidamente meu quadril com o cotovelo. Eu ainda sou mais forte que ele, mas não serei por muito tempo.

A polícia veio rápido e carregou meu filho, que continuou gritando e dando chutes, para dentro do hospital. Eu comecei a tremer, e meus olhos se enchiam de lágrimas enquanto eu preenchia o formulário – “Houve alguma dificuldade com... em que idade ele começou a... houve algum problema com... Seu filho já experimentou algum... seu filho tem...”

Pelo menos nós temos um seguro saúde agora. Eu aceitei recentemente um emprego em uma faculdade local, deixando pra trás minha carreira de autônoma porque quando se tem um filho assim, você precisa de benefícios. Você tem que fazer tudo por benefícios. Nenhum seguro individual vai cobrir esse tipo de coisas.

Companhias de seguros não devem ser forçadas a cobrir uma idiota que dá um tiro no pé e põe culpa na arma depois. 

Durante dias, meu filho insistia que eu estava mentindo – que eu inventei tudo só pra me livrar dele. No primeiro dia, quando eu pedi pra visita-lo, ele disse, “Eu te odeio. E eu vou me vingar disso tudo logo quando eu sair daqui.”

Claro que ele te odeia, porra. Você é a mãe de merda que ARRUINOU A VIDA DELE. Nós atendemos inúmeros rapazes como ele que foram criados (leis-se: abusados) por mães solteiras.

No terceiro dia, ele já estava calmo, um doce de menino de novo, dando desculpas e promessas de melhorar. Eu tenho ouvido aquelas promessas há anos. Não acredito mais nelas.

No formulário de admissão, na questão, “Quais são suas expectativas para o tratamento?”, eu escrevi, “Eu preciso de ajuda.”

Não, porra. É por isso que existem PAIS, SUA RETARDADA DO CARALHO. 

Você é que nem uma vadia burra que se joga de um avião sem paraquedas porque pesava demais. E agora você chora com todos os ossos quebrados da queda, resultado de SUA PRÓPRIA NEGLIGÊNCIA.

E eu preciso. Este problema é grande demais para eu lidar sozinha com ele. Às vezes não existem boas opções. Então você só reza por uma graça e acreditar que no final das contas, tudo terá sentido.

Isso, apenas reze e esconda sua cabecinha embaixo da areia. Boa ideia! 

Eu compartilho esta história com vocês porque qu sou mãe de Adam Lanza. Eu sou mãe de Dykan Kleibold e Eric Harris (Columbine). Eu sou mãe de James Holmes (Denver). Eu sou mãe de Jared Loughner. Eu sou mãe de Sei-Hui Cho (Virginia Tech). E estes garotos – e suas mães – precisam de ajuda. À luz de mais uma tragédia nacional, é fácil falar sobre armas. Mas chegou a hora de falar sobre problemas mentais.

Sim, e a melhor ‘ajuda’ que eles poderiam ter é não terem acabado nas mãos de biscates irresponsáveis e sem noção como você. Eles precisam de pais capazes de discipiná-los, guia-los e lhes dar uma base emocional estável. Óbvio que você não é capaz de dar isto a eles por ser instrospectiva demais para cuidar de seus filhos de forma apropriada.

Em vez de ser uma covarde de merda e pôr a culpa em desordens mentais, você deveria estar culpando na verdade a si mesma por suas habilidades porcas de cuidar de crianças. O pobre coitado está arruinado nas mãos de uma mãe solteira incompetente que você é. Ele estava ferrado desde o começo. Não é de surpreender dele ter acabado num hospício sem nenhuma esperança além de remédios faixa preta e slogans motivacionais mainstream de merda.

De acordo com a Mother Jones, desde 1982, 61 assassinatos em massa aconteceram no país. Em 43 destes 61 casos, o assassino foi um homem branco, e em apenas 1 deles foi uma mulher (http://www.motherjones.com/politics/2012/07/mass-shootings-map). A Mother Jones se focou nos casos onde os assassinos obtiveram suas armas legalmente (e eles obtiveram). Mas este sinal notório de problemas mentais deve fazer a gente pensar em quantas pessoas nos EUA vivem com medo, assim como eu.

Pena que aquela biscate da Mother Jones não fez uma pesquisa para achar quantos desses homens foram emasculados por MÃES SOLTEIRAS ou dominantes no lar.

Ei, peraí, já existem anos de pesquisas em ciências sociais que podem nos dizer isto:

Quando eu perguntei ao assistente social sobre minhas alternativas, ele disse que a única coisa que eu poderia fazer era acusar Maicon de um crime. “Se ele voltar ao sistema, eles criarão uma acusação formal”, ele disse. “É o único jeito de agir pra que alguma coisa seja feita. Ninguém vai querer te ouvir, a menos que formalize suas queixas.”

Eu não acredito que meu filho merece cadeia. O caos atrás das grades exacerba a sensibilidade de Maicon a estímulos sensoriais e não lida com o problema que está por trás.

VOCÊ é o problema por trás disso tudo, sua mãe de merda irresponsável, egoísta e infantil.

Mas ao que parece, os EUA usam a prisão como a única alternativa para pessoas com problemas mentais. De acordo com a Human Rights Watch, o número de presos nos EUA com problemas mentais quadruplicou de 2000 a 2006, e continua a crescer – de fato, a porcentagem de pessoas com problemas mentais entre os presos é cinco vezes maior (56%) do que entre pessoas livres.

Depois do fechamento de centros de reabilitação e hospitais públicos, a prisão agora é o último lugar para os doentes mentais – Rikers Island, e os presídios de LA County e Cook County  em Illinois são os que abrigavam  os maiores centros de reabilitação do país em 2011.

Ninguém quer mandar pra cadeia um garoto de 13 anos que é inteligente e fã de Harry Potter e de bichos de pelúcia. Mas nossa sociedade, com seu estigma de doentes mentais e sua saúde pública quebrada, não nos dá outra alternativa. E aí mais uma alma torturada faz uma chacina em uma lanchonete. Em um posto do correio. Em um jardim de infância. E nós cruzamos os dedos dizendo, “Alguma coisa tem que ser feita.”

Sim, quando é que vamos responsabilizar as VERDADEIRAS CRIMINOSAS por isto? Quando é que vamos fazer as MÃES SOLTEIRAS pagarem por seus crimes contra a humanidade?

Eu concordo que alguma coisa tem que ser feita. É hora de fazermos um debate em todo o país sobre problemas mentais. É o único jeito de fazer nosso país se recuperar de verdade.

Que Deus me ajude. Que ajude Maicon. Que ajude a todos nós.

Ei, Deus acaba te mandar um sms:

“A mulher louca é alvoroçadora; é [tola] e nada sabe” 

Provérbios 9:13

                  

Amém!