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domingo, 28 de abril de 2013

A falácia da "mulher do século XXI" - artigo

Frequentemente se ouve das pessoas por aí que a mulher mudou em sua essência, e hoje temos a tal "mulher moderna", que é independente, forte, determinada, multitarefa, incapaz de se apegar a alguém e de postura ativa e autoritária; que "prefere[e] o vôo solo a um vôo conjunto[,] não constitu[indo] famílias", ou "dit[a] as regras da própria vida e form[a] uma família diferente dos padrões normais, onde ela desempenha o papel de pai e mão ao mesmo tempo, por optar em ter filhos em produções independentes."; e que já não quer mais "estar a sombra da figura masculina, com poder mínimo de decisão" (fonte). Também, muitos homens reforçam esta crença quando, ao se depararem com um monte de problemas nos relacionamentos que não eram frequentes até pouco tempo atrás (comportamento de vadia, divórcios), concluem que a mulher realmente mudou em sua essência, ou até mesmo revelou sua verdadeira essência, seu "lado obscuro", que tinha sido repreendido por muito tempo.

Será mesmo? Vamos ver:



Ás seis da tarde
as mulheres choravam
no banheiro.
Não choravam por isso
ou por aquilo
choravam porque o pranto subia
garganta acima
mesmo se os filhos cresciam
com boa saúde

se havia comida no fogo
e se o marido lhes dava
do bom
e do melhor
choravam porque no céu
além do basculante
o dia se punha
porque uma ânsia
uma dor
uma gastura
era só o que sobrava
dos seus sonhos.
Agora
às seis da tarde
as mulheres regressam do trabalho
o dia se põe
os filhos crescem
o fogo espera
e elas não podem
não querem
chorar na condução


Marina Colasanti. Gargantas abertas, Editora Rocco, 1998 - Rio de Janeiro, Brasil

Meu  primeiro contato com este poema foi na prova da 2ª fase da Fuvest 2005, onde haviam duas questões sobre o poema, uma de gramática e outra de interpretação. A última perguntava:
O texto faz ver que mudanças históricas ocorridas na situação de vida das mulheres não altereram substancialmente sua condição subjetiva. Concorda com essa afirmação? Justifique sucintamente.
No que eu respondi, na época: "Não, pois hoje em dia as mulheres são muito diferentes: são mais livres e mais independentes, e já não choram mais sem motivo algum, como antigamente". No entanto, a resposta certa era esta:
Sim. Em que pesem mudanças históricas importantes, as mulheres de "antes" e de "agora" mantém a mesma condição subjetiva. Apesar de condições objetivas opostas - (Observação feminista removida), as mulheres cumprem um cotidiano que não satisfaz suas expectativas essenciais, suas necessidades subjetivas.
A lembrança deste erro de interpretação colossal meu reverberou em minha cabeça por muitos anos, até que eu finalmente entendi o equívoco que cometi depois de ter lido "Os Princípios Que Regem a Interação Social" pela primeira vez, há um ano e meio. E que equívoco foi esse?

Foi o de se deixar levar pelas aparências, deduzindo a essência das pessoas por seu comportamento.

Naquela época, eu não tinha ideia de como funcionava a cabeça das mulheres, nem tinha ideia das necessidades delas num relacionamento. Também não sabia diferenciar a essência da personalidade de uma pessoa de seu comportamento, isto é, se eu visse uma pessoa que se mostrasse agressiva em um certo momento, eu automaticamente deduzia que aquela pessoa era sempre agressiva e procurava evitá-la a todo custo.

Assim como, hoje em dia, ainda fico com uma pulga atrás da orelha ao me deparar com mulheres atraentes, mas que possuem mais de um furo em cada orelha, piercings minúsculos no nariz, tatuagens minúsculas em lugares mais ocultos como atrás do pescoço, nos pulsos e no tornozelo, ou até mesmo cabelo tingido de cores menos comuns, como ruivo e loiro muito claro. Tendo a deduzir que nenhuma das garotas que exibem essas coisas presta pra se relacionar porque nossas "personalidades" não batem.

Sim, as aparências de uma pessoa dão uma pista de como ela se comporta. Mas o comportamento não define a essência nem a personalidade da pessoa. Comportamentos podem ser estimulados e repreendidos, encorajados e desencorajados, incentivados ou censurados; a personalidade não. Você pode mudar o comportamento de uma pessoa, mas não a essência dela.

Falo da minha experiência de ter me equivocado nesse ponto para me relacionar a muitos, muitos homens que ainda não diferenciam a essência da mulher de seu comportamento; devido ao fato de muitas mulheres estarem mostrando comportamentos de vadia (isto é, comportamentos destrutivos para os relacionamentos como  confrontar o parceiro, ignorar as necessidades dele, induzir culpa, fazer descaracterizações e inventar mentiras), eles deduzem que muitas mulheres nascem vadias, o que não é verdade.

Enfim, qual é a essência da mulher?

É a sua natureza emocional. O poema de Marina Colasanti reproduzido acima retrata muito bem essa característica da natureza feminina. Não é necessário haver alguma coisa realmente ruim acontecendo na vida delas para sentirem que existe algo em falta em suas vidas, e muitas vezes dar a elas tudo o que elas querem não lhes garante satisfação; por outro lado, elas podem gostar de muitas conversas que nós consideramos sem nexo e totalmente bobas, infantis, por exemplo. 

Muitos de vocês estão acostumados a deduzir que mulheres escolhem seus parceiros por critérios objetivos como aparência física, dinheiro, carro e outros afins, mas muitas vezes já se surpreenderam com certas mulheres namorando parceiros que "não combinam nada com elas". Isto acontece porque a cabeça da mulher não funciona como a do homem; elas não escolhem seus parceiros através de critérios objetivos, como nós, elas simplesmente reagem aos estímulos que esses parceiros lhe proporcionam, isto é, reagem à autoridade que eles estabelecem sobre elas. Sim, carros novos e dinheiro podem até ajudar a atraí-las, mas isso é apenas pela autoridade social que esses itens proporcionam.

E ainda tem a questão da natureza submissa, isto é, da necessidade de ter alguém para guiá-las e conduzi-las. Mulheres precisam de autoridade masculina porque são inseguras e frágeis por natureza, e até mesmo admitem:
[...] por mais que neguem[os], nem mesmo [nós] mulheres sabem[os] o que [queremos]. [Nossas] mudanças de opinião e desejos são tão constantes quanto a grande ebulição de hormônios.
(Diário de Casal)
As inseguranças das mulheres preenchem listas. E até mesmo homens com experiência em relacionamentos percebem essa característica, e que a autoridade é fundamental para que sejam capazes de satisfazer as necessidades delas:
[...] por mais segura, madura e independente que ela [diga ser], ela será sempre insegura no que se trata a relacionamentos. [...] A mulher lida com vários tipos de homens, até se envolver com algum que [goste], mas [que é] insegur[o], e uma mulher não precisa de outra pessoa insegura em um relacionamento além dela. Pode soar machista mas o homem ajuda a mulher a aos poucos ser mais segura de si quando ele não é um bunda mole inseguro. [...] Se um homem não consegue dar essa segurança ela ficará confusa[, mesmo que goste] desse homem.
(Diário de Casal)
Assim, por mais que você encontre a mídia, as ativistas feministas, homens incautos e até mesmo mulheres comuns dizendo que a mulher moderna funciona de forma completamente diferente das mulheres das gerações anteriores, não leve a sério. À medida que você for entendendo os princípios que regem a interação social, dentro de cada mulher - qualquer uma - , existe essa essência que as fará completamente satisfeitas contigo, quando bem explorada.

No próximo post da série, você verá como uma feminista de editorial e carreirista - que chegou ao cúmulo de admitir que mulheres devem usar seu poder sexual para se promover - largou tudo para casar-se com um carpinteiro e ser uma dona de casa numa cidade do interior da França.

Um comentário:

  1. Postagem perfeita, excelente e extremamente lúcida, meu caro. Acho que alguns homens podem equivocadamente cometer o erro de achar que todas as mulheres são vadias e que essa é a natureza delas, mas não é bem assim...

    As mulheres são seres mais regidos pelo emocional, e por isso são craques em artimanhas e trapaças no jogo amoroso. Seu lado inconsciente pode até selecionar e premiar os "maus", mas só essas duas afirmações isoladas não explicam totalmente esse "complicado" ser... [Dizendo melhor, "que se auto-complica"]

    Fato é que elas, tanto como nós, precisam de certezas na vida. Algumas feministas vão pela via errada achando que podem ser independentes dos homens, mas isso não procede, pois a liderança não é característica natural do sexo feminino, e ainda por cima elas precisam muito mais de nós do que realmente dizem (assim como nóis homens também precisamos delas) e no fim acabam se dando mal por tomar certas escolhas. [Eis a propaganda enganosa do feminismo em ação...!]

    Por isso mesmo que a liderança protetora do homem (que dê certezas pra cabecinhas sentimentais, indecisas e inseguras das mulheres) é a principal característica que nós homens temos que desenvolver. É só questão de despertar dentro de nós, muitos de nós somos capazes e sequer sabemos disso.

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