Aspire por pureza, não grandeza

Por Prof. Plum

Arte não é competência. Arte é expressão pessoal. Se você quiser competir contra a expressão de outra pessoa, você entrará em uma luta perdida desde o começo.

A habilidade de tocar um instrumento musical ou de pintar uma figura de forma competente tem pouco a ver com suas funções de homem. O uso da expressão de outra pessoa como uma referência para seu “sucesso” é como usar o amor de outra pessoa à sua esposa como parâmetro para você amar sua namorada.

Almeida Júnior - Pescando (1894)

Sim, existem pintores bons e ruins. mas os princípios fundamentais da perspectiva, proporção, composição, sombreado etc., determinam a ‘competência’ de alguém em pintar algo... o domínio destes elementos podem ser essenciais para a criação de um ‘grande’ artista. mas um grande artista não faz nada para tornar alguém funcional.

Ser puro sempre supera os objetivos de ser grande; a grandeza é baseada em conquistas. A pureza de valor é baseada somente na competência em exercer uma função.

Enquanto as conquistas possam valer algo, elas não querem dizer nada; pessoas conquistam medalhas, ganham campeonatos, levam troféus, constroem impérios e erigem monumentos à grandeza. Mas eles são grandes apenas no nível da memória daqueles que se importam com elas. Assim como qualquer conquista, a memória também se esvai em questão de tempo.

A pureza do que é funcional é independente do tempo. É a resposta da sede à água, a inspiração do ar para a vida, o exercício da autoridade em um relacionamento, o magnetismo que mantém o mundo unido.

Removendo a grandeza, você terá uma porção de terra vazia que pode ser reconstruída em questão de tempo. Mas removendo a função, você não terá blocos para construir a grandeza ao ponto de chegar a ser relevante.