Segue uma notícia que você jamais vai encontrar reproduzida nos portais de notícias por aí. Trata-se de uma das muitas constatações das Estatísticas do Registro Civil 2011 feita pelo IBGE, mais famoso por ter registrado um número recorde de divórcios naquele ano. Lembre-se de rolar a página um pouco mais pra baixo ao acessar o link abaixo, pois está no meio das outras notícias:
Quase 80% das mortes na faixa de 15 a 29 anos é de homens
Em 2011, manteve-se a tendência de sobremortalidade masculina na maior parte das faixas etárias, especialmente entre 15 e 29 anos, em que 79,0% das mortes nesta faixa etária era de homens. Os diferenciais entre os óbitos masculinos e femininos são crescentes até o grupo etário 20 a 24 anos, e a partir daí se reduzem até a inversão, através da superação dos óbitos femininos a partir dos 80 anos. Os percentuais mais elevados de óbitos masculinos nos grupos etários de 15 a 29 anos decorrem, especialmente, da mortalidade por causas violentas ou acidentais, que são o terceiro principal grupo de causa de óbitos na população em geral e a primeira entre os jovens de 15 a 24 anos. Em 2011 foram registrados 111,5 mil óbitos violentos ocorridos no ano por lugar de residência do falecido, o que significa um crescimento de 1,3% em relação ao ano de 2010.
Agora, envie este post para o Instituto Avante Brasil, que fez uma matéria hiper sensacionalista a respeito do aumento do número de mulheres assassinadas, relacionando-o à caça às bruxas medievais pela Inquisição.
Quase 80% das mortes na faixa de 15 a 29 anos é de homens
Em 2011, manteve-se a tendência de sobremortalidade masculina na maior parte das faixas etárias, especialmente entre 15 e 29 anos, em que 79,0% das mortes nesta faixa etária era de homens. Os diferenciais entre os óbitos masculinos e femininos são crescentes até o grupo etário 20 a 24 anos, e a partir daí se reduzem até a inversão, através da superação dos óbitos femininos a partir dos 80 anos. Os percentuais mais elevados de óbitos masculinos nos grupos etários de 15 a 29 anos decorrem, especialmente, da mortalidade por causas violentas ou acidentais, que são o terceiro principal grupo de causa de óbitos na população em geral e a primeira entre os jovens de 15 a 24 anos. Em 2011 foram registrados 111,5 mil óbitos violentos ocorridos no ano por lugar de residência do falecido, o que significa um crescimento de 1,3% em relação ao ano de 2010.
Só para relembrar: o mesmo IBGE registrou, de 2003 a 2010, cinco homens assassinados para cada mulher assassinada, conforme mostrado na tabela abaixo; isto também significa que, nesse período, entre 80 e 85% do total anual de mortes violentas era de homens - uma tendência que permanece constante, assim como o descaso do governo com os homens ao manter secretarias e ministérios só para mulheres e direcionar recursos para entidades direcionadas somente a elas também.
Além de números muitíssimo superiores de mortes masculinas estarem passando batido, também passa batida uma distorção daquelas em relação à cor das vítimas, conforme se pode ver no Mapa da Violência 2012. Quem olhar o mesmo notará que há a categoria "negra", que aqui no Brasil é invenção e junta as categorias demográficas "preto" e "pardo", que o IBGE usa para denominar quem for de origem africana e quem for de origem miscigenada, respectivamente. Logo, em "pardo" podem constar mestiços de branco e índio, mestiços de branco e oriental, mestiços de oriental e índio, mas para efeitos de distorção estatística, todos eles irão engrossar uma categoria de "negros" que jamais foram e com a qual jamais se identificaram.
ResponderExcluirA consequência disso? Vendo a evolução dos homicídios na série de 2002 a 2010, você notará que houve redução de homicídios na categoria preto ((0,7% do total, 8,1% nos jovens), com o real crescimento de homicídios no país tendo ocorrido com a população parda (leia-se aí mestiça, leia-se aí podendo ser todo e qualquer mestiço com ancestralidade africana, mas também mestiços sem ancestralidade africana, como pode ocorrer em nosso país, especialmente na região Norte). Nessa parte da população, os homicídios aumentaram em 35,3% no total e em 29% entre os jovens.
Porém, qual a marotice estatística que inventaram? É aquela que conhecemos: a de dizer que todos seriam negros, sendo que a categoria "pardo" pode englobar gente sem ancestralidade africana. A consequência dessa distorção? Dizer que a região Norte é a região com maior aumento da morte de negros no País, com 125,5% e dizer que essa é a região com maior número de mortes de negros por 100 mil habitantes. Porém, conforme anteriormente explicado, a região Norte teve pouca influência africana comparada com o resto do país (pelos dados do Censo fica fácil saber isso e notar que pessoas de origem africana estão mais concentradas no Sudeste e no Sul, correspondendo à distribuição geográfica histórica, enquanto o Brasil vai ficando mais indígena quanto mais a norte se vai, igualmente dentro da geografia histórica). Logo, está na cara que a maioria dos homicídios que a região Norte vem presenciando é a de seu elemento predominante, que é o mestiço de branco e índio. Logo, a maioria das mortes que estamos vendo, tanto na região Norte quanto no resto do Brasil, é da gente miscigenada de que tanto nos orgulhamos.
Essa obsessão por inventar negros onde há mestiços e importar para cá uma agenda americana também acaba por deixar de lado outra grande preocupação: o aumento do homicídio de indígenas (48% no total, 56,3% entre jovens). Tudo bem que são números menores, até porque a população indígena é menor que outras, mas ainda assim o aumento de homicídios é preocupante. Já que inventaram "negros" somando as categorias "preto" e "pardo" e já que "pardo" também pressupõe que haja gente com ancestralidade indígena, o que impediria alguém de dizer que "nativo brasileiro" seria a soma de "indígena" e "pardo"? Obviamente que iriam chiar, dizer que o número de índios de fato é muito pequeno e por aí vai, mas estaríamos usando a mesmíssima metodologia de distorção estatística para criar outra categoria imaginária, mas menos aproveitável para fins de distorção política.
E se você quiser achar só o número de homicídios de pardos no Brasil inteiro entre 2002 e 2010? Vai ser difícil, pois todas as estatísticas do Mapa que não as gerais usam só "Brancos" e "Negros". Logo, esconderam os pardos, que são os que mais estão sendo vitimizados, especialmente na região Norte.
Mas o que falar de homens que debocham de blogs e sites que defendem uma nova visão sobre o feminismo e as mulheres atuais? Nossa, como alguém pode ser tão otário pra pensar que homens falando sobre feminismo e sobre as ciladas dos relacionamentos atuais são frustrados? como alguém pode negar todo um sistema de privilégios das mulheres na área de divórcios, pensão, guarda de filhos e muito mais? eu só digo uma coisa pra esses homens: vocês são ALIENADOS
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