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sexta-feira, 1 de março de 2013

Feminismo, uma história de mentiras - volume 4

Ao contrário do que a baboseira dos lobistas da igualdade de gênero dão a entender, as mulheres não estão nem um pouco carentes de assistência médica. É o que você vai ver abaixo num artigo que, apesar de escrito há muito tempo (1994), continua atual devido à insistência do governo de abrigar feministas sob suas asas. Você vai se lembrar dele toda vez que ouvir um político falar de mais serviços de atendimento à mulher:

O mito do preconceito à mulher no sistema de saúde
Apesar de normalmente se acreditar que o sistema de saúde americano serve e beneficia homens com pesquisas ao custo da saúde das mulheres, a verdade revela ser exatamente o oposto.

Por Dr. Andrew G. Kadar, publicada em agosto de 1994 na The Atlantic Monthly, vol 274, p. 66-70

“Quando se trata em pesquisas e serviços médicos, as mulheres não podem ser mais tratadas como cidadãs de segunda classe.” Assim disse [Bill Clinton, na época] o presidente dos Estados Unidos, em 18 de outubro de 1993.

Ele e a Primeira Dama [Hillary Clinton] tinham acabado de receber uma recepção para a Coalizão Nacional para o Câncer de Mama, um grupo lobista, após receberem uma petição com 2,6 milhões de assinaturas que exigia mais verbas para a prevenção e o tratamento para o câncer de mama. Enquanto os Clintons se reuniam com os líderes do grupo na Ala Leste da Casa Branca, mil manifestantes faziam passeata nas ruas em apoio. O presidente ecoou  a palavra deles, condenando a negligência do atendimento médico a mulheres.
 
Dois anos antes, Bernadine Healy, então diretora do Instituto Nacional de Saúde, fez a acusação de que “as mulheres tem sido frequentemente tratadas  com menos igualdade em [...] atendimento médico.” Mais recentemente, a representante Pat Schroeder, co-diretora da Reunião do Congresso sobre os Problemas das Mulheres, apoiou leis para “assegurar que pesquisas biomédicas jamais ignorem mulheres e sua saúde.” Os artigos dos jornais expressaram os mesmos sentimentos.

 A lista de acusações é longa e alarmante. Os lobistas do atendimento médico para mulheres acusam médicos “preconceituosos” de estereotiparem mulheres como hipocondríacas histéricas, de levarem suas reclamações menos à sério do que as dos homens, e de dar a elas exames diagnósticos menos completos. Um estudo feito pela Universidade da Califórnia em San Diego em 1979 concluiu que as reclamações dos homens sobre dor nas costas, dor no peito, vertigens, fadiga e dores de cabeça geralmente resultavam em exames diagnósticos com mais frequência do que reclamações similares das mulheres . Assim, evidências científicas contundentes pareciam confirmar as declarações fantasiosas das mulheres.

Homens, com mais frequência que mulheres, enfrentam angiografias e operações de pontes de safena. Mesmo que doenças do coração seja o inimigo número 1 da mulher, assim como do homen, esta tecnologia sofisticada e do mais alto estado da arte, bradam os críticos, é seletivamente negada às mulheres.

Diz-se que o problema se repete em pesquisas médicas: as mulheres, argumentam os críticos, são rotineiramente ignoradas em favor dos homens. Quando o NIH fez um inventário de todas as pesquisas que ela havia subsidiado em 1987, o dinheiro gasto no estudo de doenças exclusivamente femininas somavam apenas 13,5% do total do orçamento para pesquisa.

Talvez a doença feminina mais emocionalmente aclamada seja o câncer de mama. Se um tumor devastasse um homem em escala similar, dizem os críticos, iríamos declarar estado de emergência e empreenderíamos um programa com investimento ilimitado, no melhor estilo Apollo, para curá-lo. Nas palavras de Matilda Cuomo, mulher do governador de Nova York, “Se nós podemos levar uma mulher à Lua, com certeza podemos encontrar a cura do câncer de mama.” A negligência às pesquisas para o câncer de mama, como somos informados, é sexista e é uma desgraça nacional.

Diz-se que quase todas as pesquisas sobre doenças do coração são direcionadas para os homens, com as conclusões sendo generalizadas cegamente para mulheres. Em julho de 1989, pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard comunicaram os resultados de um estudo de cinco anos sobre os efeitos da aspirina na prevenção de doenças cardiovasculares em 22071 homens. Milhares de homens foram pesquisados, mas nenhuma mulher foi: a saúde da mulher, acusam os críticos, obviamente não era considerado importante o suficiente para ser explorado de forma similar. Aqui, dizem eles, temos evidências definitivas e bombásticas da negligência às mulheres em pesquisas médicas – apenas um exemplo de um fenômeno largamente difundido e perigoso.

E ainda, mais uma diferença: as companhias farmacêuticas fazem política de dar novos remédios para os homens primeiro, enquanto mulheres esperam para se beneficiar dos avanços. E até lá, os remédios são frequentemente testados em mulheres de forma inadequada.

Para remediar toda essa negligência, precisamos dar atenção e verbas preferenciais, nas palavras do Journal of the American Medical Women’s Association, para que “o maior recurso que este pais tenha seja, claramente, a saúde de suas mulheres.” Discriminação assim em larga escala exige restituição – caso as acusações sejam verdadeiras.

De fato, um dos sexos parece ser favorecido na medida da atenção dada às suas necessidades médicas. Nos Estados Unidos, estima-se que um dos sexos gasta o dobro do dinheiro em assistência médica do que o outro. O NIH também gasta o dobro do dinheiro em pesquisas sobre doenças relacionadas a um sexo em relação ao outro, e só um dos sexos tem uma seção no NIH dedicado totalmente ao estudo das doenças que o aflinge. Este sexo, contudo, não é o masculino. É o feminino.

Nos Estados Unidos, as mulheres procuram e, consequentemente, recebem mais atendimento médico que homens. Isto é verdadeiro até mesmo quando cuidados relacionados à gravidez são excluídos. O Departamento de Saúde e Serviços humanos mostra que as mulheres visitam médicos com mais frequência que homens, são hospitalizadas com mais frequência, e sofrem mais operações. Mulheres são mais propensas que homens a visitar um médico para um exame geral quando elas estão se sentindo bem, e reclamam de sintomas com mais frequência. Assim, 2 de 3 dólares gastos com saúde são com mulheres.

Quantidade, claro, não garante qualidade. Será que as mulheres recebem exames diagnósticos de segunda?

O estudo de San Diego feito em 1979, que concluiu que as reclamações dos homens levaram a exames extensos com mais frequência do que com mulheres, usou os relatórios médicos de 104 homens e mulheres (cinquenta e dois deles de casais) como dados. Este levantamento regional em pequena escala serviu de base para uma revisão nacional mais extensa, de 46888 visitas de todo o país. Os resultados, divulgados em 1981, foram bem diferentes daqueles do estudo de San Diego.

Muitos outros estudos em escala menor têm reforçado ambos os lados deste problema. Os pesquisadores de San Diego fizeram outra pesquisa com mais 200 homens e mulheres em 2004, e desta vez encontraram “não haver diferenças significantes na extensão e no conteúdo dos exames”. Alguns apoiadores do atendimento à saúde da mulher optaram por ignorar os dados do segundo estudo de San Diego e do levantamento nacional enquanto alardeavam o primeiro estudo como prova de que os médicos – usando as palavras do Journal of The American Women’s Association – “não leva as reclamações a sério” quando elas vêm das mulheres: “um exemplo de dois pesos e duas medidas influenciando exames diagnósticos.”

Ao prescreverem cuidados para doenças do coração, os médicos consideram fatores como idade, outros problemas médicos, e a possibilidade do paciente se beneficiar de testes e cirurgia. Doenças coronarianas aflingem homens em uma idade muito mais jovem, matando-os três vezes mais que mulheres até a faixa dos 65 anos. Pacientes mais jovens têm menos problemas médicos adicionais que necessitem procedimentos agressivos e de alto risco. E pacientes menores possuem artérias coronárias menores, que se obstruem com mais frequência após cirurgia. Apesar disto ser verdadeiro para ambos os sexos, obviamente mais mulheres se encaixam na categoria de pacientes menores. Quando estas diferenças são levadas em consideração, a divergência sexual nos tratamentos cardíacos começa a desaparecer.

Para a extensão onde tal divergência permanece, as mulheres podem estar ganhando melhores tratamentos. Pelo menos esta foi a conclusão de um estudo da Universidade da Carolina do Norte/Duke University que observou os registros de 5795 pacientes tratados entre 1969 e 1984. Homens e mulheres com doenças cardíacas mais severas tiveram proporções  iguais para a recomendação de cirurgias de safena. Entre os pacientes menos severos – para os quais a cirurgia oferecia pouca ou nenhuma vantagem de sobrevivência em relação à terapia médica – as mulheres tiveram menor proporção de indicação para cirurgia de safena. Isto parece apropriado à luz do grande risco de complicações cirúrgicas, devido às mulheres possuírem artérias coronárias menores. De fato, os pesquisadores questionaram a prática de submeter pacientes homens menos graves à cirurgia e sugeriu que “o efeito do sexo na seleção do tratamento pode ter levado a um tratamento mais apropriado das mulheres.”

Já para tecnologias sofisticadas e pioneiras seletivamente feitas para o benefício de um sexo, a laparoscopia foi largamente confinada a ginecologia por mais de vinte anos. O wso de instrumentos de visão e manipulação que podem ser inseridos no abdômem através de incisões do tamanho de um buraco de fexhadura, os mádicos são capazes de diagnosticar e reparar danos, livrando o paciente de incisões frandes e uma recuperação mais demorada e dolorosa. A esterilização do tubo laparoscópico, feita pela primeira vez em 1936, se tornou prática comum no final dos anos 60. Com o tempo, o desenvolvimento de instrumentos mais versáteis e o vídeo em fibra óptica tornou possível a realização de operações mais complexas. Um aborto em estágio pré-embrionário por laparoscopia foi documentado em 1973. Finalmente, em 1987, a mesma tecnologia foi aplicada na cirurgia da vesícula biliar, e os homens começaram a apreciar seus benefícios também.

Anos depois de instrumentos de ultrassom serem desenvolvidos para permitir ver o que se passava no útero, a mesma tecnologia foi adaptada para procurar tumores na próstata. Outras avanços pioneiros concebidos para melhorar a assistência médica à mulher, incluindo a mamografia, teste de densidade óssea para a osteoporose, cirurgias para aliviar incontinência urinária, terapia hormonal para aliviar os sintomas da menopausa, e uma série de procedimentos, e inclusive fertilização in vitro, feita para facilitar a fecundação. Talvez a grande quantidade de novas tecnologias acontece no campo de saúde da mulher porque existe um ramo da medicina e um grupo de médicos, os ginecologistas, que se mostram explicitamente preocupados com a saúde da mulher. Não há grupo correspondente de médicos dedicados a cuidar da saúde do homem.

Assim as mulheres recebem mais cuidados que os homens, algumas vezes recebem tratamento melhor que os homens, e se beneficiam mais do que eles com algumas tecnologias em desenvolvimento. Isto serve pouquíssimo como prova de que a saúde da mulher é vista como secundária em relação à saúde do homem.

O inventário do NIH de 1987 encontrou, sim, que apenas 13,5% da verba do instituto destinada à pesquisa foi aplicada no estudo de doenças exclusivamente femininas. Mas 80% da verba foi aplicada para o benefício de ambos os sexos, incluindo em pesquisas básicas em campos como genética e imunologia, e também em pesquisas sobre doenças como linfoma, artrite e anemia falciforme. Tanto homens quanto mulheres sofrem desses problemas, e ambos foram utilizados como objetos de estudo. Os 6,5% restantes da verba foram destinados a doenças exclusivamente masculinas. Curiosamente, os 13,5% destinados a mulheres foram citados como evidência de descaso. A porcentagem da verba para homens, muito mais baixa, é raramente mencionada nestas referências.

Para o câncer de mama, a segunda doença mais mortal para mulheres, a investigação nesse campo tem recebido muito mais fundos do Instituto Nacional de Câncer do que qualquer outra pesquisa sobre tumores, apesar do câncer de pulmão liderar a lista de tumores fatais para ambos os sexos. A segunda maior causa de morte entre os homens também é uma doença exclusiva deles: o câncer de próstata. No ano passado (1993), aproximadamente 46 mil mulheres sucumbiram ao câncer de mama e 35 mil homens ao câncer de próstata; O INC [2] gastou US$ 213,7 mi para o câncer de mama e US$ 51 mi para o estudo do câncer de próstata. Assim, apesar de um terço a mais de mulheres ter morrido de câncer de mama do que homens de câncer de próstata, as pesquisas para o câncer de mama receberam mais de cinco vezes mais de verbas. Mais de três vezes mais dinheiro por fatalidade foi gasto com as doenças das mulheres. O câncer de mama foi responsável por 8,8% das mortes por câncer nos Estados Unidos e por 13% da verba de pesquisas do INC; os números correspondentes para o câncer de próstata foram de 6,7% e 3%, respectivamente.

Os tumores femininos do cérvix e do útero foram responsáveis para 10 mil mortes e US$ 48 milhões em pesquisas no último ano, e o câncer de ovário foi responsável por 13300 mortes e US$ 32 milhões em pesquisas. Assim, as verbas para pesquisa de cada câncer específico para mulheres é substancialmente maior, por fatalidade, do que as verbas para o câncer de próstata.

Será que estes níveis de gastos com saúde da mulher apenas algo recente, necessário para compensar anos de negligência do passado? O INC está dividido em seções que lidam com questões como biologia e diagnóstico do câncer, prevenção e combate, etiologia, e tratamento. Até que a alocação de verbas para doenças específicas de cada sexo se tornasse uma questão política, em meados dos anos 80, o INC não analisava dados de gastos em órgãos específicos. A informação mais antiga disponível, conseguida por reconstrução retroativa, é de 1981. Ainda assim, estes dados antigos proveem uma visão dos padrões de investimentos na era anterior à pressão política para intensificar pesquisas para mulheres. Entre 1981 e 1985, as verbas para o câncer de mama excederam as verbas para o câncer de próstata em uma proporção de quase 5 para 1. Uma explicação racional e apolítica para isso é que o câncer de mama ataca um maior número de pacientes em idade mais jovem. Em qualquer caso, os dados não sustentam argumentos de que as mulheres eram negligenciadas naquela era.

Novamente, a maioria das pesquisas médicas é conduzida para pesquisas que afetam ambos os sexos. Os lobistas da saúde da mulher acusam-nos de colher dados de estudos para homens e extrapolarem para mulheres. Uma visão dos dados reais revelam uma realidade diferente.

O estudo mais conhecido e mais ambicioso sobre saúde cardiovascular com o tempo começou na cidade de Framingham, Massachussets, em 1948. Pesquisadores começaram estudando 2336 homens e 2873 mulheres com idade entre 30 e 62 anos, e foram acompanhando os sobreviventes deste grupo com exames físicos bienais e testes de laboratório por mais de 45 anos. Neste e em muitos outros estudos de observação, as mulheres foram muito bem representadas.

Em relação ao estudo sobre a aspirina, os pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard não focaram exclusivamente nos homens.  Ambos os sexos foram estudados quase que concorrentemente. O estudo com homens foi mais rigoroso porque era controlado por placebo (isto é, algumas cobaias foram selecionadas aleatoriamente para receberem placebos ao invés de aspirina); o estudo com mulheres foi baseado em respostas de questionários enviados para enfermeiras e uma revisão de relatórios médicos. O estudo com mulheres, contudo, foi feito com quase quatro vezes mais mulheres cobaias do que homens cobaias (87678 contra 22071) e as analisou por um ano a mais (6 contra 5). Os resultados do estudo com homens foram publicados na New England Journal of Medicine em julho de 1989 e provocou acusações de sexismo em pesquisas médicas. Os resultados da mesma pesquisa para mulheres foram publicadas na Journal of the American Medical Association em julho de 1991 e largamente ignoradas pela imprensa leiga.

A maioria dos estudos para a prevenção de doenças coronarianas “prematuras” (que ocorrem em pessoas com menos de 65 anos) têm sido, de fato, conduzidos para homens. Como mulheres de meia idade têm incidência bem menor deste tipo de doença do que homens (menos de 1/3 em muitos dos casos), a documentação dos efeitos da prevenção por um dado tratamento é muito mais difícil. Mais experiências foram feitas com homens não porque as mulheres são consideradas menos importantes, mas porque mulheres sofrem menos desta doença. Mulheres mais velhas não desenvolvem doenças coronarianas (apesar de desenvolverem em taxas menores que as dos homens), mas os experimentos também não foram realizados em homens mais velhos. No máximo, os dados sugerem uma ênfase na prevenção de doenças em pessoas mais jovens.

Incidentalmente, todas as pesquisas clínicas sobre o câncer de mama atualmente subsidiadas pelo INC estão sendo conduzidas para mulheres, apesar de 300 homens morrerem deste tipo de câncer por ano. Será que os estudos sobre a prevenção do câncer de mama que excluem os homens significam negligência à saúde do homem? Ou será que uma doença deve ser estudada no seu maior grupo de risco? Obviamente, a situação das pesquisas sobre doenças coronarianas e câncer de mama não são equivalentes, mas juntas elas servem para ilustrar o ponto de que as doenças são pesquisadas com maior frequência em seu maior grupo de risco, independentemente do sexo.

O que dizer sobre todas as pesquisas com novos remédios que excluem mulheres? Será que elas não provam a insensibilidade da indústria farmacêutica e do descaso com mulheres?

A Food and Drug Administration (FDA) divide o teste de novos remédios com seres humanos em três estágios. A fase 1 é feita com um pequeno número de voluntários em um período curto de tempo, primariamente para testar sua segurança. A fase 2 tipicamente envolve algumas centenas de pacientes e é feita para observar mais atentamente sua segurança e eficácia. A fase 3 precede a aprovação para o lançamento comercial e geralmente inclui vários milhares de pacientes.

Em 1977, a FDA lançou um normativo orientando excluir mulheres com “potencial para gravidez” da fase 1 e em estudos iniciais da fase 2; elas deveriam ser incluídas somente nos últimos estudos da fase 2 e nos testes da fase 3 na proporção esperada do uso do medicamento. Os levantamentos conduzidos em 1983 e 1988 pela FDA mostrou que ambos os sexos foram representados proporcionalmente em testes clínicos na época dos remédios serem aprovados para o uso comercial.

O normativo de 1977 codificou uma política que já estava sendo aplicada informalmente desde que a tragédia com a talidomida chocou o mundo em 1962. O nascimento de bebês sem braço ou com outras deformações naquela era realçou dramaticamente os riscos incorridos quando mulheres férteis consomem remédios. Assim, a política de excluir tais mulheres das fases iniciais de testes com remédios se revelou fora do conhecimento, senão fora de consideração, para [esses críticos]. Tal política foi mudada no último ano (1993), em consequência de protestos e o reconhecimento político de que testes iniciais em ambos os sexos podem direcioná-los melhor.

POR TODA A História da Humanidade, da Antiguidade até o começo deste século (XX), homens, na média, viviam ligeiramente menos que as mulheres. Até 1920, a expectativa de vida das mulheres nos EUA era um ano maior que a dos homens (54,6 contra 53,6). Depois dessa época, a diferença cresceu vigorosamente, para 3,5 anos em 1930, 4,4 anos em 1940, 5,5 anos em 1950, 6,5 anos em 1960, e 7,7 anos em 1970. No último quarto de século esta diferença se manteve relativamente estável: mais ou menos sete anos. Em 1990 ela era de sete anos (78,8 contra 71,8).

Percebam que no Brasil isto também é tendência:
Compare a proporção de homens e mulheres mais
velhos (topo das pirâmides) em 1970 e a projetada
para 2025: Muito mais mulheres são beneficiadas
com o aumento da expectativa de vida.
Assim, na última parte do século XX, as mulheres vivem praticamente 10% mais que os homens. Uma parte significante da razão disto é a assistência médica.

Nos séculos passados, complicações durante o parto eram a maior causa de morte traumática entre mulheres. Os avanços da Medicina eliminaram dramaticamente a maior parte destes riscos. Infecções como varíola, cólera, e tuberculose mataram milhares de homens e mulheres em idade similar. A eliminação das infecções como causa dominante de morte deu gás à proeminência de doenças que afetam seletivamente homens, em idade mais jovem.

As taxas de mortalidade ajustadas por idade são maiores para os homens em todas as doze principais causas de mortalidade, incluindo doenças do coração, derrames, câncer, doenças pulmonares (enfisema e pneumonia), doenças do fígado (cirrose), suicídio e homicídio. Nós agora aceitamos as maior diferença de expectativa de vida como natural, como consequência da maior capacidade biológica delas. Ainda assim, essa maior capacidade jamais se manifestou em nenhum outro milênio da História da Humanidade anterior a esta era e seu sistema de saúde – o mesmo sistema que os lobistas da saúde da mulher acusam de negligenciar a saúde feminina.

Para remediar a negligência alegada, um Escritório de Pesquisas para a Saúde da Mulher foi estabelecido pela NIH em 1990. Em 1991, a NIH lançou seu maior projeto epidemiológico de todos os tempos, a Iniciativa para a Saúde da Mulher. Com custo de mais de US$ 600 milhões, este programa de saúde de 15 anos irá estudar os efeitos da terapia com estrogênio, da dieta, dos suplementos dietéticos, e exercícios para doenças do coração, câncer de mama, câncer de colo do útero, osteoporose, e outras doenças em 160 mil mulheres na pós-menopausa. O estudo é ambicioso no escopo e irá resultar em muitos avanços nos cuidados de saúde para mulheres mais velhas.

O que ele não fará é diminuir a diferença de qualidade de cuidados médicos dado para os dois sexos. A razão é que esta diferença não favorece os homens. Como vimos, as mulheres recebem maiores cuidados e se beneficiam mais de pesquisas médicas. O resultado disso é a diferença mais importante de todas: sete anos, 10% a mais de vida.

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